quarta-feira, agosto 3

FESTIVAL MÚSICAS do MUNDO 2005






MAIOR FESTIVAL de WORLD MUSIC PORTUGUÊS

FESTIVAL MÚSICAS do MUNDO
Três dias de festa
Todos os anos o centenário castelo de Sines, cidade do litoral alentejano, recebe um dos mais carismáticos festivais de Verão realizados no nosso país.
QUINTA FEIRA dia 28 - Pelo sétimo ano consecutivo a Câmara Municipal daquela cidade alentejana organizou o FMM, e desta vez saltou barreiras e montou mesmo um palco na localidade de Porto Covo.
Os festejos começaram então em Porto Covo, na Praça Marquês de Pombal, com os argentinos 34 Puñaladas, que debitaram um concerto de canção argentina, com grandes influências dos tangos de Carlos Gardel. Quatro guitarras e um vocalista arrecadaram a primeira grande ovação do FMM 2005.
Os concertos continuaram depois no castelo de Sines, no local habitual e a fadista Cristina Branco, a Brigada Vitor Jara e o coro Segue-me À Capela juntaram forças e deram um excelente concerto seguido por mais de 3.000 pessoas.
De seguida o grupo de Ljiljana Buttler & Mostar Sevvah Reunion vindos da Bósnia-Herzegovina, brilhou com a música típica dos muçulmanos bósnios, a que álguem já chamou “soul cigano”. Este grupo teve o mérito de levar a assistência à dança e a voltar em encore depois de muitos aplausos.
De seguida um duo extraordinário, Amadou & Marian, vindos do Mali e com uma música contagiante na bagagem, ritmos africanos, com reggae, funk e salsa. Toda a gente falava neste grupo, pela excelente música e por serem cegos de nascença. O último trabalho discográfico “Dimanche a Bamako” foi produzido pelo famoso Manu Chao.
No castelo terminaram os concertos, estima-se que estiverem dentro das muralhas cerca de 5000 espectadores e o festival continua agora na Av. Da Praia com os ciganos da Roménia Mahala Raï Banda, a darem música aos muitos jovens amantes da noite... os concertos acabam aqui perto das 4 da madrugada.
SEXTA FEIRA dia 29 - No segundo dia do festival, dois acontecimentos fora das muralhas, a palestra de mestre Hermeto Pascoal, um brasileiro de 69 primaveras, com uma vontade enorme de contar as peripécias da sua vida e de tocar. E também a cantora portuguesa Lula Pena acompanhada só com a sua viola encheu a Capela da Mesiricórdia.
Os concertos começaram às 21.30 horas como de costume e a abrir esteve o guitarrista norte americano Marc Ribot com um free-jazz e muito experimentalismo. O homem toca dobrado sobre a sua guitarra e parece que toca mais com os pés (sempre em cima dos pedais) do que com as mãos. A primeira grande ovação da noite.
Depois aparece em palco a mexicana Astrid Hadad, uma verdadeira “caixinha de surpresas” e uma das melhores artistas deste festival, pela música, pela interpretação e ainda pela mensagem politica anti-imperialista.
As canções de cabaret, tipicamente mexicanas onde só faltou uma orquestra de mariachis, para completar o set.
Para terminar no castelo, o brasileiro Hermeto Pascoal deu show, como já tinha prometido na palestra. Com uma banda de músicos virtuosos e ainda uma vocalista, o homem a quem já chamaram “feiticeiro de sons” tocou teclas, concertina e cantou. Até com um copo de água nos lábios se pode fazer música e foi isso que pudemos contatar. Uma má ligação nos cabos do piano enfureceu o mestre que descalçou o sapato e desatou às sapatadas ao pobre teclado.... músico sofre.
Na Av. Da Praia o concerto de Ba Cissoko vindo da Guiné Conacri, arrastou uma pequena multidão de curiosos de assistir a uma prestação de “kora rock”, temas de blues, jazz e reggae tocados com a harpa tradicional mandinga (kora).
SÁBADO dia 30 - No terceiro e último dia de festa em Sines, a Av. Da Praia encheu-se ainda de tarde para assistir à prestação dos japoneses Samurai 4, com música tradicional executada com koto (harpa), shamisen (banjo de três cordas) e shinobue (flauta de bambú), acompanhadas pelos tambores wadaiko. Uma das prestações mais emblemáticas deste festival.
No castelo estiveram os marroquinos The Master Musicians of Jajouka, considerada a mais antiga banda do planeta, depois o finlandês Kimmo Pohjonen com os seus Ktu e uma música instrumental com predominância no acordeão e para terminar os irlandeses Kila com a sua música acompanhada a gaita de foles, tambores, violino, salterio, flauta e baixo. Uma banda com quase 20 anos de estrada muito interessante.
O festival terminou na Av. Da Praia com os Konono nº1 da República do Congo e muita animação. Nos três dias de festival estiveram em sines mais de 15.000 pessoas, muitas fora das muralhas só puderam assistir aos concertos pelos vários video-wall espahados pelas imediações.
Para o ano ainda será melhor.
Agradecimentos à organização da Câmara Municipal de Sines, pelo convite e hospitalidade e ainda ao Restaurante Mexilhão pelas deliciosas iguarias servidas a este humilde escriba. Parabéns Tio Chico.
Texto e fotos: CM

ESGRAVATAR COMO AS GALINHAS...

Como é que se costuma dizer? Sou carneiro velho... sou burro velho... nem sei bem, pronto tenho 50 primaveras, gosto do que faço, goste de trabalhar (não devia estar a dizer isto), sou reconhecido pelo meu trabalho, tenho 20 anos de carreira que graças a Deus ainda servem para alguma coisa... isto tudo para dizer que felizmente já arranjei equipa, isto aqui na CAPITAL não ata nem desata e um homem ao fim do mês tem de pagar contas, não há mesericórdia para ninguém.
A mim bastou-me dois telefonemas e uma visita, chamo a isto esgravatar, arranjar soluções, bater a portas, não se ganha nada enterrar o pescoço na areia e andar com cara de enterro.
Vamo-nos vendo por aí. Oxalá estas linhas sirvam de exemplo a alguém.
Abraços de ferro e UP THE IRONS
CM

segunda-feira, agosto 1

FESTIVAL MÚSICAS do MUNDO 2005

FMM 2005
Mais uma vitória!
Graças a Deus que pelo menos o FMM deste ano correu às 1001 maneiras, como normalmente tem acontecido nos últimos 7 anos...
A ver se amanhã meto aqui o texto e o link para as fotos.
O nosso site www.hardheavy.com vai dividir-se em dois e brevemente vamos ter magazine... façam uma visita.
CM... para quem não sabe o meu e-mail agora passa a metalcamera@gmail.com
abraços e UP THE IRONS

A CAPITAL já era.... fui despedido

Fui despedido! Jesus... isto tá-se a tornar um hábito...
Tenho de procurar nova equipa, não vou parar... como eu costumo dizer "há mais marés do que marinheiros" neste caso há muitos mais jornais... e se não der cá, tenho uma porta aberta em Madrid... é chato é já com 50 anos ter de andar com a tralha às costas para 600 km daqui. Mas alguma coisa se há-de arranjar.
Se Deus me ajudar com saúde ainda hã-de ouvir falar do CAMERAMAN METALICO por mais 15 anos... só penso reformar-me na idade estabelecida... que daqui a 15 anos deve ser os 80... he he he
Vêmo-nos por aí, nos concertos, festivais, festarolas, rock on & UP THE IRONS!
CM

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