quarta-feira, agosto 11
FESTIVAL do SUDOESTE 2004
Estive no Festival Optimus Sudoeste deste ano, fotografando para a magazine ROCK SOUND, jornal A CAPITAL e ainda jornal DIÁRIO do ALENTEJO para quem fiz este texto.
Quinta feira - dia 5
COMEÇO MORNO EM TARDE DE CALOR
O 8º Festival do Sudoeste arrancou morno, apesar da organização anunciar que 10.000 campistas já tinham tendas montadas no recinto.
O festival tem agora facilidades redobradas, que pasme-se passam por ter um espaço maior do que o ano passado totalmente relvado, um palco principal, um palco secundário coberto e ainda uma tenda para música de dança. Os bares são muitos e dispõe mesmo de mesas e cadeiras. O parque de campismo sofreu algumas alterações e dispõe agora de mais 50% de chuveiros e casas de banho, um bengaleiro onde se podem guardar objectos de valor, mais luz, um hospital de campanha a cargo da Cruz Vermelha Portuguesa (secção de Beja) e ainda um serviço de bombeiros 24 horas no recinto.
O palco principal por onde desfilaram bandas como Rodrigo Leão, Divine Comedy e Soulwax tem 30 toneladas de material suspenso, 180.000 watts de som e 300.000 watts de luzes. A produção conta com 56 técnicos no palco, os artistas e pessoal auxiliar são ao todo 1.012 pessoas e o staff total da produção 3.106 pessoas. Esperam por dia cerca de 30.000 pessoas neste recinto alojado na Herdade da Casa Branca (Zambujeira do Mar).
O teclista Rodrigo Leão e a sua banda foi o estreante da edição de 2004 e juntamente com trés vocalistas de serviço deu um bom espectáculo de música quase clássica.
O som estava bom e as luzes excelentes. A vocalista dos The Gift evidenciou-se mas foi Ana Vieira que vocalizou quase todo o set e que recebeu mais aplausos. Tocaram duas músicas em encore.
Depois foi a vez do pop rock com os Divine Comedy a debitarem um bom concerto que incluiu mesmo uma versão de "No One Knows" popularizada pelos Queens Of The Stne Age.
Os sons electrónicos tomaram conta do Sudoeste com a banda Soulwax que também esteve bem sem no entanto sobressair. Afinal de contas só tem um álbum de originais, e pouco mais podiam fazer. A audiência gostou e aplaudiu, apesar da serralharia.
Sexta feira – dia 6
ELEKTRO CLÃ
Segundo dia com o Sudoeste 2004 a bombar ao som da música tropical dos brasileiros Los Hermanos. Uma mistura eficaz de samba, rock e ritmos latinos, ainda com luz do sol.
Depois o fenómeno nacional que responde pelo nome de Clã. Se a banda já tinha brilhado no Festival Super Bock Super Rock, e depois no Festival Vilar de Mouros deste ano, aqui na Zambujeira do Mar evidenciou-se sabiamente na pessoa da vocalista Manuela Azevedo que recebeu muitos aplausos dos fãs. O álbum novo “Rosa Carne” e as grandes canções a que já nos habituaram fizeram da sua prestação uma das melhores do festival.
O pop rock dos Divine Comedy e o rock ruidoso dos escoceses Franz Ferdinand também tinham adeptos no recinto mas foi a estrela que fechou a noite quem mais gente chamou ao Sudoeste na sexta feira à noite: Massive Attack com um naipe de vocalistas onde sobressai um negro que canta com batida reggae. Fabuloso!
Sábado – dia 7
DONINHAS AO ATAQUE
Terceiro dia e a relva ainda verde!
O tapete que a organização plantou no recinto está espectacular e inibe as doses de poeira de outros anos.
A primeira banda actuou sem o mentor Arthur Lee (retido no aeroporto) assim os Love actuaram como quarteto e agradaram com um rock agradável ao ouvido e batida retro dos anos setenta. O público não era muito, o sol ainda brilhava no horizonte e só os Ash chamaram ao palco principal uma pequena multidão. A banda irlandesa entrou em palco com uma guitarra “flying V” a arder e isso serviu de mote ao seu espectaculo. Riffs desgarrados de guitarra eléctrica e um dos melhores shows da noite.
Os Zero 7 também estiveram bem, usaram trés vocalistas e também agradaram.
Depois foi a vez dos nossos Da Weasel que se esmeraram no dia do aniversário de Virgul. O vocalista fez os possiveis para não repetir o salto mortal com que partiu uma perna numa das edições anteriores do festival.
Tanto Pac Man como Nobre deram um grande concerto. Parece que ainda sinto o som das cordas de baixo do Nobre. Grande músico! Esta seria sem dúvida a grande enchente do festival.
A fechar estiveram os Groove Armada que segundo os entendidos em matéria de música de dança estiveram áquem das expectativas.
Domingo – dia 8
SERENATA À CHUVA
O dia amanheceu solarengo mas à tarde vieram as nuvens e acabou mesmo por chover.
Quando começou o concerto de Tim Booth o ex vocalista dos James, começou a cair uma chuva miudinha daquela “molha tolos”, que engrossou. A principio estariam umas 500 pessoas na frente de palco.... no final e depois de dois encores já seriam alguns milhares. O vocalista mostrou que apesar de não ter a sua banda de sempre continua a dar cartas. Tim Booth tocou mesmo alguns temas antigos.
Os belgas dEUS tinham muitos fãs no recinto e deram um bom concerto. A chuva deixou de cair e ficou um tempo agradável. O público agradeceu a S. Pedro e aglomerou-se na frente de palco sem no entanto esgotar o largo espaço entre o palco e a mesa de som.
Os franceses Air também estiveram bem com o seu rock atmosférico influenciado grandemente por Pink Floyd e Camel (para quem se lembre disso).
A terminar e fechando da melhor maneira estiveram os alemães Kraftwerk que tem na estrada a sua digressão “Tour de France”, que vai durar todo o ano. A banda já tinha tocado em Lisboa em Março passado e voltou agora para um espaço maior.
A sonoridade electrónica com 30 anos de idade na sua melhor forma!
Apesar do cartaz não ser o melhor e do público ser muito menos que em edições anteriores, as boas condições, a falta dos mosquitos e o relvado magnifico em todo o recinto fazem deste festival um sitio espectacular para se estar com os amigos. A praia está a dois passos e os transportes funcionam. Para 2005 voltamos!
A DANÇA DOS NÚMEROS
Segundo a organização do Optimus Sudoeste deste ano, estiveram no festival 30.000 almas. O que falta saber é porque que alguns jovens compram bilhete para ficar acampados? É que nunca estiveram 30.000 pessoas ao mesmo tempo em cima do relvado... seguramente!
Que os jovens usem o festival para se libertarem dos adultos, estar com os amigos (e amigas), bebam umas “bejekas” ou fumem umas “brokas”, já se sabia, agora que escolham as bandas milimetricamente fiquei a saber. O povo nunca via duas bandas de seguida e revezava-se constantemente.
No último dia assustei-me quando vi meia dúzia de fãs na frente de palco para ver o Tim Booth... já eram 20 horas, é certo que estava a chover, provávelmente havia pessoal que já tinha as tendas desmontadas (à 2ª feira trabalha-se), e Kraftwerk que estava a fechar não é própriamente uma banda de jovens.
O cartaz deste ano não era tão apelativo como o de anos anteriores, há muita oferta de concertos e festivais, este ano até houve o Euro... o “graveto” não chega para tanto!
O PALCO SECUNDÁRIO
Este ano o palco secundário também sofreu com a carestia.
O apoio principal – a Galp – mudou-se para a tenda electrónica.
Mesmo assim passaram bons projectos pela Zambujeira 2.
No primeiro dia só houve música de dança, no segundo os extraordinários Bunnyranch e o seu rock’n’roll demolidor, os rockers More Republica Masónica e os regressados Zen deram bons concertos quase de casa cheia.
Nos dias seguintes estiveram no segundo palco os Oioai (em inicio de carreira certamente), os Sloppy Joe com lotação esgotada e Melo D com o seu funk contagiante.
No último dia ainda vi os Ultimate Architets com pouco gás, o novo projecto eectrónico dos irmãos Praça batizado de Plaza e os Loto.
Estou-me a lembrar do palco secundário de outros Sudoestes, com milhares de jovens a assistir.
O sudoeste deste ano (para mim) valeu pelos Bunnyranch, Ash e Kraftwerk. Soube-me a pouco!
Cameraman Metalico
(texto e fotos) para o jornal DIÁRIO do ALENTEJO
Quinta feira - dia 5
COMEÇO MORNO EM TARDE DE CALOR
O 8º Festival do Sudoeste arrancou morno, apesar da organização anunciar que 10.000 campistas já tinham tendas montadas no recinto.
O festival tem agora facilidades redobradas, que pasme-se passam por ter um espaço maior do que o ano passado totalmente relvado, um palco principal, um palco secundário coberto e ainda uma tenda para música de dança. Os bares são muitos e dispõe mesmo de mesas e cadeiras. O parque de campismo sofreu algumas alterações e dispõe agora de mais 50% de chuveiros e casas de banho, um bengaleiro onde se podem guardar objectos de valor, mais luz, um hospital de campanha a cargo da Cruz Vermelha Portuguesa (secção de Beja) e ainda um serviço de bombeiros 24 horas no recinto.
O palco principal por onde desfilaram bandas como Rodrigo Leão, Divine Comedy e Soulwax tem 30 toneladas de material suspenso, 180.000 watts de som e 300.000 watts de luzes. A produção conta com 56 técnicos no palco, os artistas e pessoal auxiliar são ao todo 1.012 pessoas e o staff total da produção 3.106 pessoas. Esperam por dia cerca de 30.000 pessoas neste recinto alojado na Herdade da Casa Branca (Zambujeira do Mar).
O teclista Rodrigo Leão e a sua banda foi o estreante da edição de 2004 e juntamente com trés vocalistas de serviço deu um bom espectáculo de música quase clássica.
O som estava bom e as luzes excelentes. A vocalista dos The Gift evidenciou-se mas foi Ana Vieira que vocalizou quase todo o set e que recebeu mais aplausos. Tocaram duas músicas em encore.
Depois foi a vez do pop rock com os Divine Comedy a debitarem um bom concerto que incluiu mesmo uma versão de "No One Knows" popularizada pelos Queens Of The Stne Age.
Os sons electrónicos tomaram conta do Sudoeste com a banda Soulwax que também esteve bem sem no entanto sobressair. Afinal de contas só tem um álbum de originais, e pouco mais podiam fazer. A audiência gostou e aplaudiu, apesar da serralharia.
Sexta feira – dia 6
ELEKTRO CLÃ
Segundo dia com o Sudoeste 2004 a bombar ao som da música tropical dos brasileiros Los Hermanos. Uma mistura eficaz de samba, rock e ritmos latinos, ainda com luz do sol.
Depois o fenómeno nacional que responde pelo nome de Clã. Se a banda já tinha brilhado no Festival Super Bock Super Rock, e depois no Festival Vilar de Mouros deste ano, aqui na Zambujeira do Mar evidenciou-se sabiamente na pessoa da vocalista Manuela Azevedo que recebeu muitos aplausos dos fãs. O álbum novo “Rosa Carne” e as grandes canções a que já nos habituaram fizeram da sua prestação uma das melhores do festival.
O pop rock dos Divine Comedy e o rock ruidoso dos escoceses Franz Ferdinand também tinham adeptos no recinto mas foi a estrela que fechou a noite quem mais gente chamou ao Sudoeste na sexta feira à noite: Massive Attack com um naipe de vocalistas onde sobressai um negro que canta com batida reggae. Fabuloso!
Sábado – dia 7
DONINHAS AO ATAQUE
Terceiro dia e a relva ainda verde!
O tapete que a organização plantou no recinto está espectacular e inibe as doses de poeira de outros anos.
A primeira banda actuou sem o mentor Arthur Lee (retido no aeroporto) assim os Love actuaram como quarteto e agradaram com um rock agradável ao ouvido e batida retro dos anos setenta. O público não era muito, o sol ainda brilhava no horizonte e só os Ash chamaram ao palco principal uma pequena multidão. A banda irlandesa entrou em palco com uma guitarra “flying V” a arder e isso serviu de mote ao seu espectaculo. Riffs desgarrados de guitarra eléctrica e um dos melhores shows da noite.
Os Zero 7 também estiveram bem, usaram trés vocalistas e também agradaram.
Depois foi a vez dos nossos Da Weasel que se esmeraram no dia do aniversário de Virgul. O vocalista fez os possiveis para não repetir o salto mortal com que partiu uma perna numa das edições anteriores do festival.
Tanto Pac Man como Nobre deram um grande concerto. Parece que ainda sinto o som das cordas de baixo do Nobre. Grande músico! Esta seria sem dúvida a grande enchente do festival.
A fechar estiveram os Groove Armada que segundo os entendidos em matéria de música de dança estiveram áquem das expectativas.
Domingo – dia 8
SERENATA À CHUVA
O dia amanheceu solarengo mas à tarde vieram as nuvens e acabou mesmo por chover.
Quando começou o concerto de Tim Booth o ex vocalista dos James, começou a cair uma chuva miudinha daquela “molha tolos”, que engrossou. A principio estariam umas 500 pessoas na frente de palco.... no final e depois de dois encores já seriam alguns milhares. O vocalista mostrou que apesar de não ter a sua banda de sempre continua a dar cartas. Tim Booth tocou mesmo alguns temas antigos.
Os belgas dEUS tinham muitos fãs no recinto e deram um bom concerto. A chuva deixou de cair e ficou um tempo agradável. O público agradeceu a S. Pedro e aglomerou-se na frente de palco sem no entanto esgotar o largo espaço entre o palco e a mesa de som.
Os franceses Air também estiveram bem com o seu rock atmosférico influenciado grandemente por Pink Floyd e Camel (para quem se lembre disso).
A terminar e fechando da melhor maneira estiveram os alemães Kraftwerk que tem na estrada a sua digressão “Tour de France”, que vai durar todo o ano. A banda já tinha tocado em Lisboa em Março passado e voltou agora para um espaço maior.
A sonoridade electrónica com 30 anos de idade na sua melhor forma!
Apesar do cartaz não ser o melhor e do público ser muito menos que em edições anteriores, as boas condições, a falta dos mosquitos e o relvado magnifico em todo o recinto fazem deste festival um sitio espectacular para se estar com os amigos. A praia está a dois passos e os transportes funcionam. Para 2005 voltamos!
A DANÇA DOS NÚMEROS
Segundo a organização do Optimus Sudoeste deste ano, estiveram no festival 30.000 almas. O que falta saber é porque que alguns jovens compram bilhete para ficar acampados? É que nunca estiveram 30.000 pessoas ao mesmo tempo em cima do relvado... seguramente!
Que os jovens usem o festival para se libertarem dos adultos, estar com os amigos (e amigas), bebam umas “bejekas” ou fumem umas “brokas”, já se sabia, agora que escolham as bandas milimetricamente fiquei a saber. O povo nunca via duas bandas de seguida e revezava-se constantemente.
No último dia assustei-me quando vi meia dúzia de fãs na frente de palco para ver o Tim Booth... já eram 20 horas, é certo que estava a chover, provávelmente havia pessoal que já tinha as tendas desmontadas (à 2ª feira trabalha-se), e Kraftwerk que estava a fechar não é própriamente uma banda de jovens.
O cartaz deste ano não era tão apelativo como o de anos anteriores, há muita oferta de concertos e festivais, este ano até houve o Euro... o “graveto” não chega para tanto!
O PALCO SECUNDÁRIO
Este ano o palco secundário também sofreu com a carestia.
O apoio principal – a Galp – mudou-se para a tenda electrónica.
Mesmo assim passaram bons projectos pela Zambujeira 2.
No primeiro dia só houve música de dança, no segundo os extraordinários Bunnyranch e o seu rock’n’roll demolidor, os rockers More Republica Masónica e os regressados Zen deram bons concertos quase de casa cheia.
Nos dias seguintes estiveram no segundo palco os Oioai (em inicio de carreira certamente), os Sloppy Joe com lotação esgotada e Melo D com o seu funk contagiante.
No último dia ainda vi os Ultimate Architets com pouco gás, o novo projecto eectrónico dos irmãos Praça batizado de Plaza e os Loto.
Estou-me a lembrar do palco secundário de outros Sudoestes, com milhares de jovens a assistir.
O sudoeste deste ano (para mim) valeu pelos Bunnyranch, Ash e Kraftwerk. Soube-me a pouco!
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(texto e fotos) para o jornal DIÁRIO do ALENTEJO
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