segunda-feira, junho 8

METAL GDL FEST 09 - Grândola a ferro & fogo... ou quase



Estivemos pelo quarto ano consecutivo em Grândola, cobrindo o Festival Metal GDL para o jornal "Diário do Alentejo" e ainda para a magazine "Loud!".
Aqui está a prosa que vai sair no "Diário do Alentejo"...
Este ano vieram menos metaleiros a Grândola. Pelo quarto ano consecutivo o Parque de Exposições foi palco do único festival de heavy metal que se realiza no Alentejo.
A ameaça de mau tempo e alguns aguaceiros iam estragando a festa, no entanto durante os concertos nunca choveu!
A festa começou na sexta-feira com dois palcos gémeos, onde nove bandas mostraram o seu valor. A organização optou por sonoridades thrash, death e grind-core… e isso também afastou algum pessoal que gosta do heavy-metal mais clássico. Se o estimado leitor já franze o sobrolho ao ouvir o termo “heavy-metal” nem queira saber como soam os Namek de Almada… aquilo é um atentado sonoro… mas o grind-core é mesmo assim.
No entanto quando toca alguma banda de que não se gosta, aproveita-se e visita-se o bar, as “bejekas” a um euro chamavam por nós… e o tempo estava abafado… marcha!
No primeiro dia gostei dos My Enchantment do Barreiro, andam às voltas com a gravação do álbum mas responderam à chamada e deram um bom concerto. Depois um projecto já com alguns anos os We Are The Damned de Lisboa e com um potencial explosivo. São um quarteto (ficaram sem a vocalista recentemente) e antes militavam também nos Painstruck e Twenty Inch Burial… Dos Cryptor Morbious Family já não gostei tanto, mas o vocalista tem garra e limando algumas arestas serão uma banda a dar cartas no futuro.
Os Thee Orakle vieram de Vila Real… para mostrar o seu novo álbum “Metaphortime” e convenceram. Os dois vocalistas funcionam bem e a música tem laivos de progressivo com voz gutural (ele) e voz melódica (ela).
Os Namek impressionaram-me pela pujança da vocalização… apesar de imperceptivel… deram um grande concerto e tinham fãs no recinto. Dos espanhois Haemophagia não gostei e dos Simbiose também não… muito barulho!
Surpresa da noite foram os Bizarra Locomotiva, encaixados entre bandas heavy quando tocam um rock industrial musculado. A banda anda na estrada promovendo o “Albúm Negro” e a performance do vocalista é demolidora. Tiveram a ajuda preciosa de Fernando Ribeiro dos Moonspell em três temas. A fechar os holandeses Sinister deram um bom concerto, death metal bem técnico… mas o pessoal já estava de rastos… eram 3 horas da manhã…
No sábado a chuva continuou a ameaçar… mas não passou daí… mesmo assim houve estragos no recinto durante a noite, o vento soprou forte!
Onze bandas era o que nos esperava para a contenda… Abriram os Decrepidemic de Braga… muito ruido… os Crushing Sun de Vila do Conde… idem
Dos alemães Cilice não gostei… Os nossos Theriomorphic tocam death metal, mas já consigo aglutinar … continuam a malhar no álbum de 2008 “The Beast Brigade”.
Os Gwydion são uma excelente aposta de folk-metal e com o limar de algumas arestas serão grandes no futuro. Para já tem muitos fãs e a música é alegre e leva à dança guerreira! Bebem cerveja por cornos de boi… boa! E vivam os vikings…
A surpresa do dia Nervecell. Vieram do Dubai e arrasaram! Muito técnicos apesar de death e com festivais marcados por toda a Europa. Aconselho visita ao seu myspace: www.myspace.com/nervecell
Depois tocaram as duas bandas que nos levaram ao GDL deste ano: Os Switchtense e os Pitch Black… não que as outras bandas não fossem boas, mas porque esta é que é a sonoridade que me faz vibrar: o thrash-metal!
Primeiro os Switchtense da Moita com o álbum “Confrontation Of Souls” levaram a assistência ao frenesim e ao mosh. Continuam em alta e isso é salutar. Os Pitch Black apresentaram o novo vocalista (foi o vocalista de Switchtense que gravou o CD) e também estiveram bem. Promoveram da melhor maneira o novo disco “Hate Division” mas também tocaram malhas mais antigas. Os franceses Benighted tocam grind-core e tinham uma quantidade de fãs no recinto. Dos Kronos não gostei e os holandeses Legion Of The Damned achei medianos… boa técnica, mas nada de novo!
O Festival precisa de nomes mais sonantes! Gostei da ideia de trocar copos vazios por uma imperial… o recinto ficou quase limpo!
O DA agradece desde já todas as facilidades oferecidas. Viva o Metal!
AM

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